A realidade é sempre reconstruída pelo sujeito, integrando-se ao nosso sistema de valores dentro da história e do nosso contexto social. Essas representações sociais, socialmente elaboradas e partilhadas, têm um núcleo central que as gera e organiza, dando-lhe significado. Em torno do núcleo central, há elementos periféricos que dão estabilidade à representação. Para tanto, 80 calouros da FOA/UNESP 2012, quando confrontados com a palavra “namoro” indicaram cinco palavras relacionados ao tema e apontaram, dentre as cinco, duas palavras que julgaram de maior importância (núcleo central). Em seqüência, os alunos redigiram um parágrafo para esclarecer melhor o tema. Os meninos (16) se referem ao namoro como um momento de experiências que exigem companheirismo, compromisso e fidelidade. As meninas (64) referem-se ao namoro como um período de convivência agradável onde deve predominar o respeito, a amizade e o carinho. Percebe-se que, na pesquisa das cinco palavras, as mais evocadas foram: Amor (46), que é o núcleo central, e os elementos periféricos são: Fidelidade (24), Companheirismo (19), Amizade (18) Compromisso (17) e Carinho (11). Deve-se considerar que a maioria dos alunos do curso de Odontologia da UNESP que foram utilizados na pesquisa são mulheres entre 17 a 19 anos. Na visão deles, o namoro pode ser uma experiência sentimental a curto prazo ou um pré-requisito para o matrimônio.