A realidade é sempre reconstruída pelo sujeito, integrando-se ao nosso sistema de valores dentro da história e do nosso contexto social. Essas representações sociais, socialmente elaboradas e partilhadas, têm um núcleo central que as gera e organiza, dando-lhe significado. Em torno do núcleo central, há elementos periféricos que dão estabilidade à representação. Para tanto, 80 calouros da FOA/UNESP 2012, quando confrontados com a palavra “CRACK”, indicaram cinco palavras relacionados ao tema e apontaram, dentre as cinco, duas palavras que julgaram de maior importância (núcleo central). As categorias, que ao todo somaram 71, mais evocadas pelos alunos foram: Vício (33 vezes), Morte (13 vezes), Droga (11 vezes), Dependência (10 vezes) e Tráfico (4 vezes). Consiste em núcleo central da evocação o termo Vício. Nesse sentido, enfatizou‑se o grande número de problemas físicos e psíquicos causados aos usuários de crack, já que essa substância tem alto poder desencadeador de utilização repetida e, assim, causa dependência química e psicológica (vício). Conclui-se que o crack é uma droga ilícita que possibilita o acesso de pessoas menos favorecidas, pois sua produção é a partir da pasta-base da cocaína, tendo, assim, menor valor comercial se comparada às outras drogas. De acordo com os alunos, as soluções descritas se baseiam na ajuda familiar e na busca por recuperação em unidades especializadas aos usuários. Por fim, uma citação semelhante entre os calouros foi a região da “cracolândia”, ícone conhecido e explorado constantemente pela mídia.