Percepção e prática do aleitamento materno em mulheres participantes do Programa de Atenção Odontológica à Gestantes
Marquesi, C.; Moimaz, S.A.S.; Santos, R.R.; Hidalgo, L.R.C.; Wakayma, B.; Garbin, C.A.S.
Rev. odontol. UNESP, vol.41, nEspecial, p.0, 2012
Resumo
O aleitamento é preconizado como alimentação exclusiva até o sexto mês, visto que é fundamental para a saúde do bebê. A avaliação de programas de saúde é essencial para verificar a eficácia e a qualidade dos serviços prestados à população. O objetivo deste estudo foi analisar o impacto do programa de “Atenção Odontológica às gestantes”, desempenhado na UNESP – FOA, há doze anos. Trata-se de uma análise tipo inquérito, transversal, retrospectivo. Realizado por meio de entrevistas, através de um questionário semiestruturado. A análise quantitativa foi realizada pelos testes χ2 e Fisher e a qualitativa utilizou-se o método de categorização de conteúdo. A amostra foi composta por 112 mães, divididas em dois grupos: Grupo I – participantes do programa; Grupo II – não participantes. A taxa de amamentação do Grupo I (96,4%) foi maior que o Grupo II (80,4%) (p=0,007). Da mesma forma, no grupo I a frequência de mães com dificuldades de a mamentação foi menor (28,6%) que no grupo II (34,7%). Em relação ao tempo de amamentação ideal o grupo I (64,3%) mostrou ter conhecimento semelhante ao grupo II (67,9%), entretanto no grupo II as mulheres relatavam que não deveriam mais amamentar seus filhos após os seis meses. Conclui‑se que as atividades educativo-preventivas, e curativas, realizadas pelo Programa de “Atenção Odontológica às Gestantes”, são qualificadas e eficazes no incentivo à saúde bucal, além do aleitamento materno e desmistificação de crenças sobre a amamentação.