A etiologia da disfunção temporomandibular (DTM) é considerada multifatorial, estando os hábitos parafuncionais e a oclusão dentária como dois fatores frequentemente mencionados. A terapia de tratamento por placas é largamente aceita para o bruxismo e sinais e sintomas de DTM tendo como principal função estabelecer harmonia neuromuscular no aparelho mastigatório. O objetivo deste estudo foi avaliar a força de mordida máxima em pacientes com bruxismo e DTM, tratados com placa oclusal. Foram selecionados trinta pacientes do sexo feminino com bruxismo e diagnóstico de DTM muscular totalmente e/ou parcialmente dentados já reabilitados com prótese fixa convencional ou sobre-implante. Os sinais/sintomas clínicos do bruxismo foram avaliados em exame clínico pela presença de desgaste oclusal e auto-relato. A presença e diagnóstico da DTM foram obtidos por meio do RDC/DTM. A placa oclusal foi confeccionada em resina acrílica termopolimerizável e instalada na arcada maxilar em máxima intercuspidação habitual. A força máxima de mordida foi mensurada com dinamômetro antes e após 7 dias, e 30 dias da instalação da placa oclusal. Foram registrados os valores máximos de mordida frontal e laterais. Pelos resultados observou-se em maioria mulheres casadas, com idade média de 32 anos, e o lado direito como preferencia na mordida. Os valores de força de mordida na região frontal foram significativamente menores comparados aos valores da região lateral. No entanto não houve diferença significante na força de mordida entre o lado direito e esquerdo. Apenas para a região lateral o período inicial apresentou menores valores de força de mordida, com diferença significante comparado ao período de 30 dias. Pode-se concluir que a terapia com placa oclusal promoveu aumento na força de mordida lateral de pacientes com bruxismo e DTM em um período de 30 dias de tratamento.