A ingestão involuntária de dentifrício por crianças menores de seis anos de idade é um fator de risco para o desenvolvimento da fluorose dentária. Uma maneira de reduzir o índice de fluorose é diminuir a concentração de fluoreto no dentifrício e suplementá-lo com cálcio e/ou fosfato, mantendo a mesma efetividade de um dentifrício padrão de 1100 µgF/g. O objetivo deste trabalho foi avaliar in vitro a suplementação de um dentifrício com hexametafosfato de sódio (HMP) associado a um dentifrício de baixa concentração de flúor (250 µgF/g) sobre a desmineralização do esmalte de dentário. Blocos de esmalte foram submetidos a repetidas ciclagens de pH alternadas sendo tratados diariamente com dentifrícios contendo 250 µgF/g, 250 µgF/g associado a concentrações de 0,25 a de 3% HMP; foram utilizados também um dentifrício sem adição de F e HMP (placebo), um comercial (Crest, 1100 µgF/g), um experimental de 1100 µgF/g e dentifrícios na concentração de 0,25 a 3% de HMP. Os dentifrícios de 0,5 e 1% de HMP quando associados a 250 µgF/g, apresentaram um efeito semelhante quando comparado ao Crest e ao experimental de 1100 µgF/g. O grupo com 0,5% de HMP foi similar ao dentifrício de 250 µgF/g. O grupo placebo, os grupos com HMP sem F (exceto na concentração de 0,5%) e os grupos com concentrações maiores que 1% HMP associado a 250 µgF/g apresentaram pouco efeito sobre a remineralização do esmalte. Os resultados foram submetidos ao teste estatístico mais adequado para cada variável (p < 0,05).