O ambiente escolar pode favorecer a ocorrência de quedas e colisões das crianças e uma das conseqüências pode ser a fratura coronária, que é um dos tipos de traumatismos mais comuns na infância. Devido a este fato, o conhecimento dos professores e educadores das escolas sobre o que fazer se faz necessário para que após a ocorrência da fratura coronária sejam instituídos os primeiros socorros e tratamento rápido e adequado para que haja um prognóstico de sucesso. Frente a isso, o objetivo do presente trabalho foi identificar os fatores associados ao nível de conhecimento dos professores sobre a fratura coronária e, a partir destes levantamentos, sugerir estratégias para modificar o cenário. Para isso, foi aplicado um questionário em 40 funcionários de escola municipal e creche para avaliar o perfil dos sujeitos e o nível de conhecimento acerca do que é a fratura coronária e quais são os primeiros socorros para o paciente que sofreu esse trauma. Quanto aos resultados, de um total de 40 professores, 65% receberam treinamento de primeiros socorros, entretanto, destes, apenas 52% tiveram uma abordagem para o traumatismo dentário. Quarenta por cento já tinham assistido a um acidente na escola envolvendo dentes, porém a maioria dos professores (55%) não sabia quais traumatismos são mais frequentes. A maioria dos entrevistados assinalou a importância de se contactar os pais e encaminhar as crianças para atendimento odontologógico imediatamente após a ocorrência da fratura coronária e ainda 72% procuram o fragmento. No entanto, houve muita dúvida e indecisão nas respostas. Com isso, conclui-se que o conhecimento sobre os casos de avulsão dentária não é suficiente. Portanto, palestras explicativas e esclarecedoras, além de treinamentos, devem ser passados para esses profissionais para que esse problema de saúde pública seja amenizado.