Traumas que afetam a região do complexo zigomático orbital pode desencadear ao paciente assimetria facial, exoftalmias, enoftalmias, distopia orbital, diplopia e/ou oftalmoplegia. As reconstruções orbitárias permitem reestabelecer a integridade, função e a anatomia da região. O seguinte relato de caso teve por finalidade demonstrar o uso de enxerto ósseo autógeno da calvária para reconstrução da parede medial da órbita esquerda. Paciente, 65 anos de idade, gênero masculino, foi atendido na Santa Casa de Araçatuba pelos alunos da pós graduação da UNESP Araçatuba. No seu histórico, houve relato de queda da bicicleta com queixa de diplopia em olho esquerdo. No exame clínico foi observado enoftalmia, distopia e oftalmoplegia do globo ocular esquerdo. A tomografia computadorizada demonstrou fratura da parede medial da órbita esquerda. O tratamento eleito foi a reconstrução da cavidade orbitária com o uso de enxerto ósseo autógeno do osso parietal em nível hospitalar. O acesso de escolha foi o coronal, permitindo o acesso à parede fraturada e a exposição do leito doador. O enxerto foi removido do osso parietal direito por meio de broca 701 com irrigação abundante e fixado com uma placa e parafusos do sistema 2.0 mm. De acordo com a literatura, o uso do enxerto ósseo autógeno da calota craniana para reconstrução da parede medial orbitária tem sido amplamente indicado por apresentar menor risco de complicações, estar em contato com a cavidade nasal, necessitar da exposição de área adjacente ao sítio receptor, ter similar origem embriológica e possuir menor reabsorção.