Exostose de mandíbula em relação direta com estruturas nobres: relato de caso e descrição de técnica cirúrgica
Silva, M.V.; Guskuma, F.U.; Guskuma, M.H.; Inagati, C.M.; Guskuma, L.L.C.C.
Rev. odontol. UNESP, vol.41, nEspecial, p.0, 2012
Resumo
As exostoses são excrescências ósseas convexas, bem definidas, com superfície lisa, compostas basicamente por uma cortical óssea densa e osso esponjoso na porção mais interna. São recobertos por uma delgada mucosa, podendo estar localizados tanto na maxila quanto na mandíbula. No aspecto radiológico, apresentam-se como uma sombra levemente mais radiopaca que o osso circundante. Os exames de imagens são necessários para descartar doenças ósseas expansivas. As exostoses possuem pouco significado clínico, não são neoplásicos e não causam desconforto. Entretanto, sua remoção é indicada por motivos protéticos, por traumatismo frequente da mucosa de revestimento, ou devido à sua localização. Sua recidiva é rara. Neste trabalho apresentamos o caso de uma paciente, sexo feminino, 30 anos, que compareceu à clínica com queixa de um aumento volumétrico na vestibular dos pré-molares inferiores direito. Após exame clínico e radiográfico a hipótes e-diagnostico foi exostose, o que foi confirmada pelo exame anátomo-patológico. A técnica para remoção da lesão foi desenvolvida e aplicada com a intenção de preservar estruturas anatômicas nobres presentes na região. No pós-operatório, a paciente apresentou parestesia da região, que regrediu após 2 meses sem qualquer tratamento adicional. Pode-se concluir que a técnica aplicada foi eficaz para a remoção da lesão sem provocar injúrias em estruturas nervosas.