Revista de Odontologia da UNESP
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Revista de Odontologia da UNESP
Resumo de Congresso

Efeitos da castração e androgenização neonatal sobre a erupção dental e mineralização de esmalte em ratos

Mello, W.G.; Morais, S.R.L.; Dornelles, R.C.M.; Delbem, A.C.B.; Antunes-Rodrigues, J.; Castro, J.C.B.

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Resumo

A manipulação do ambiente androgênico durante o período neonatal provoca distúrbios neuroendócrinos que sabidamente acarretam alterações em vários sistemas orgânicos. Portanto, para avaliarmos os efeitos da castração e androgenização neonatal sobre a erupção dental e mineralização de esmalte, ratos Wistar, foram divididos em 04 grupos (n = 08 por grupo). Machos neonatos foram sham-operados (G1) ou castrados (G2). Fêmeas controle (G3) receberam injeções subcutâneas 50 µL de óleo de milho e as androgenizadas (G4) 100µg de propianato de testosterona durante 05 dias. A erupção do incisivo inferior foi determinada entre o 4º e o 10º dia de vida e o ritmo de erupção avaliado entre o 60º e o 90º dia. Após a exodontia, os incisivos superiores foram utilizados para avaliação da mineralização do esmalte, avaliada pelo ensaio de microdureza. Os resultados do presente trabalho demonstraram que houve atraso na erupção dental em G1, G2 e G3 quando comparado a G4. A taxa de erupção dentária normofuncional em G1 foi superior aos demais grupos. Os resultados apresentados evidenciam ainda que, em G3, a microdureza do esmalte, tanto na região prismática, quanto na região aprismática foram maiores que os demais grupos estudados. Assim, os dados do presente estudo demonstram que alterações do ambiente androgênico durante o período crítico de diferenciação sexual do cérebro causam modificações organizacionais que alteram a taxa de erupção dental e a mineralização do esmalte dos dentes na fase adulta.
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