Consumo diário de chá mate (Ilex paraguariensis) reduz o estresse oxidativo em ratas senis
Pereira, A.A.F.; Brasilino, M.; Tirapeli, K.; Biffe, B.; Nicola, A.; Nakamune, A.C.M.S.
Rev. odontol. UNESP, vol.41, nEspecial, p.0, 2012
Resumo
O estresse oxidativo é um fator importante na biologia do envelhecimento e no desenvolvimento de muitas doenças degenerativas associadas à idade. O chá mate é rico em antioxidantes e seu consumo tem sido associado à melhora da defesa antioxidante e à redução dos danos teciduais, resultantes do estresse oxidativo. O trabalho teve por objetivo verificar os efeitos do consumo diário de chá mate na defesa antioxidante e nos danos oxidativos aos lipídeos, no sangue de ratas senis. Foram utilizadas 30 fêmeas Wistar acíclicas, com 17 meses de idade, divididas em dois grupos: S – senis, SCM – senis tratadas (50 mg/kg m.c./dia de chá mate solúvel, dissolvido em água). Após oito semanas de tratamento os animais foram anestesiados para a punção da aorta abdominal e o sangue coletado em tubos com heparina. Após centrifugação o plasma foi separado e as hemácias lavadas três vezes com solução fisiológica. A capacidade antioxidante total do plasma (FRAP) foi determinada e expressa em equivalentes de ferro. Nas hemácias foi estimada a atividade de superóxido dismutase (SOD), utilizando como substrato pirogalol, e também as substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS), que refletem os danos oxidativos aos lipídeos. Os dados, expressos como média ± erro padrão, foram submetidos ao test t de Student. O tratamento elevou em 1,5 vez FRAP, em 6,7 vezes SOD e reduziu em 2,7 vezes TBARS. Pôde-se concluir que o consumo diário de chá mate por animais senis reduz o estresse oxidativo, através do aumento das defesas antioxidantes enzimática e não enzimática.