Prevalência de hábitos bucais não nutritivos em pré-escolares e a percepção pelos pais de sua relação com maloclusões
Garbin, C.A.S.; Martins, R.J.; Garbin, A.J.I.; Souza, N.P.; Moimaz, S.A.S.
Rev. odontol. UNESP, vol.41, nEspecial, p.0, 2012
Resumo
Os hábitos bucais de sucção não nutritivos apresentam o aspecto positivo de proporcionar à criança sensações de bem-estar, prazer emocional, proteção, conforto e satisfação. Entretanto, a relação entre hábitos e anormalidades dento-faciais é amplamente relatada na literatura. Nesse contexto, objetivou-se verificar a prevalência de hábitos bucais de sucção em pré-escolares de um município da região noroeste do Estado de São Paulo, além da percepção dos pais ou responsáveis sobre a relação entre esses hábitos e a ocorrência de maloclusões e atitudes tomadas. A população constituiu-se por uma amostra representativa de pais ou responsáveis de crianças de 4 meses a 6 anos de idade, matriculadas em pré-escolas do município. Utilizou-se um questionário semi-estruturado, auto-aplicável, composto por questões referentes à frequência, conhecimentos e atitudes dos pais frente ao hábito de sucção da chupeta. Dos 356 participantes da pesquisa, 250 (70,8%) afirmaram que as crianças apresentavam algum hábito bucal, sendo a sucção de chupeta 114 (45,6%), o hábito mais frequente. Apesar da grande maioria 303 (97,1%) dos pais ou responsáveis relatarem saber que os hábitos podiam causar prejuízo aos dentes, 236 (70,2%) dos pesquisados já haviam oferecido este artefato à criança, na maioria 131 (61,8%) para acalmá-la. Conclui-se que a prevalência de hábitos bucais na população é alta. Apesar da maioria dos pais saberem que a sucção de chupeta pode causar danos à saúde bucal, ofertavam-na a fim de acalmar e apaziguar a criança.