Uma das áreas da identificação humana é o estudo das características auriculares, e das impressões das orelhas humanas. Embora a orelha tenha sido usada desde o século XIX como parte do processo de identificação humana, atualmente não tem sido muito empregada na prática. Há um número limitado de publicações relacionadas a esse método. As orelhas possuem características “singulares” biológicas, que as individualizam, pois são únicas para cada individuo, persistem toda a vida e não se modificam – o que atribui a sua importância no ramo pericial forense. Objetivou-se apresentar uma revisão da literatura, sobre o emprego das características auriculares, e impressões/marcas de orelha em identificação humana, utilizando-se métodos convencionais e digitais. Utilizou-se o indexador MEDLINE, no período entre 1992 e maio de 2011, com o cruzamento dos termos earpint, ear, identification, anatomy. Foram selecionados 27 artigos originais. A literatura não apresenta muitos trabalhos sobre o uso das características auriculares em identificação humana. Assim, são necessárias novas pesquisas nesta área, verificando as possibilidades e técnicas efetivas para o uso rotineiro desta preciosa ferramenta. O estudo da aplicação de tecnologias digitais na análise de impressões auriculares poderá contribuir com a disseminação desta importante técnica. O emprego da orelha e suas impressões na área forense, seja na busca de solução de crimes, evidenciando um suspeito vivo, seja na identificação de mortos, em muito contribuirá com a sociedade.