Na odontologia, os tratamentos podem apresentar algumas complicações e colocar em risco a saúde do paciente, como a passagem de corpos estranhos pela orofaringe, que pode ser evitada quando o profissional adota condutas preventivas. Dependendo da via seguida, o objeto pode ser ingerido ou aspirado, podendo até necessitar de uma intervenção cirúrgica. O objetivo do trabalho é apresentar um caso clínico de ingestão de corpo estranho durante tratamento odontológico, ressaltando os fatores de risco, aspectos preventivos, conduta clínica e ético-legal. Paciente do sexo feminino, fazia uso de prótese total superior e inferior instalada há 8 anos, estava insatisfeita com a estética das próteses e a instabilidade da prótese total inferior. De acordo com o planejamento protético optou-se pela confecção de prótese total superior e prótese tipo protocolo inferior. Durante o procedimento de moldagem da prótese sobre implante, o componente protético caiu na boca da paciente sendo deglutido imediatamente. A paciente foi avisada do fato ocorrido e tranquilizada, e o objeto foi monitorado radiograficamente até ser eliminado pelas vias naturais, sem relato de desconforto. Cabe ao cirurgião-dentista informar o paciente sobre possíveis riscos e complicações do tratamento, conhecer os meios necessários para evitar complicações decorrentes da passagem de corpos estranhos pela orofaringe, saber a conduta clínica e ter conhecimento necessário para estabelecer um diagnóstico e pronto-atendimento ao paciente. Minimizando assim, possíveis complicações de natureza clínica e legal, preservando a saúde e integridade do paciente.