Avaliação da fosforilação do receptor insulínico em tecido adiposo branco e de lipidemia de ratos com lesão pulpar
Astolphi, R.D.; Curbete, M.M.; Narciso, L.G.; Souza, J.C.; Mendes, A.J.L.; Bomfim, S.R.M.; Cintra, L.T.A.; Sumida, D.H.
Rev. odontol. UNESP, vol.41, nEspecial, p.0, 2012
Resumo
A resistência insulínica (RI) tem como características alterações no sinal insulínico (SI) e na lipidemia. A insulina, ao se ligar em seu receptor (Rβ), ocasiona a fosforilação em tirosina (PTyr) do Rβ e gera captação glicolítica. Vários estudos demonstraram que inflamação sistêmica pode interferir no SI. A fim de averiguar se a inflamação local, como Lesão Pulpar (LP), pode interferir na PTyr do Rβ e na lipidemia, desenvolveu-se este estudo. Para tanto, foram utilizados 26 ratos Wistar (230 g), divididos em: A) ratos com LP induzida por meio de orifício realizado em 1º molar superior direito, com auxílio de broca em aço carbono, com animais sob anestesia; B) ratos controle (CN). Após 30 dias da indução, com os ratos sob anestesia, realizaram-se os experimentos: 1) laparotomia mediana com retirada do tecido adiposo branco (TAB) antes e após (120 s) injeção de 1,5 U de insulina regular (i.v. veia porta) e, então, mensurou-se o grau PTyr do Rβ pelo método “Western blotting”; 2) coleta intracardíaca de sangue, para avaliação da trigliceridemia, utilizando‑se kit comercial LABTEST®. Constatou-se em ratos LP que: 1) não há diferença da PTyr do RI em TAB (CN = 123.9 ± 6.31 vs LP = 121.4 ± 12.72 unidades arbitrárias/μg de proteína, n = 6); 2) há diferença (p < 0,05) na análise de triglicérides (CN = 78.07 ± 8.9 vs LP = 53.79 ± 4.43 mg/dL, n = 7). Conclui-se que a LP não interfere sobre a PTyr do RI em TAB, porém, causa diminuição significativa dos níveis de triglicérides nestes animais.