Distração osteogênica maxilar como alternativa clínica para pacientes jovens com deficiência do terço médio facial
Dias, L.S.; Aiello, C.A.; Micheletti, K.R.; Miranda-Zamalloa, Y.M.; Lelis, E. R.; Mendonça, M.R.; Cuoghi, O.A.
Rev. odontol. UNESP, vol.41, nEspecial, p.0, 2012
Resumo
Nos últimos anos, a Odontologia evoluiu muito, oferecendo opções e métodos cada vez mais eficientes para o tratamento dos pacientes. A distração osteogênica constitui uma técnica inovadora que exemplifica bem essa situação e está alcançando posição privilegiada dentro da cirurgia ortognática possibilitando o tratamento de deformidades faciais que outrora não eram passíveis de correção pelos métodos convencionais permitindo inclusive a intervenção durante o período de crescimento do indivíduo. O grande mérito desta técnica, o que mudou os parâmetros e a forma de abordagem no planejamento orto-cirúrgico de pacientes com graves discrepâncias esqueléticas, é que sua utilização permite o aumento contínuo do tecido ósseo concomitante ao aumento do tecido mole (epiderme, derme, vasos, músculos e nervos), resultando numa completa interação fisiológica. O objetivo do presente trabalho é discorrer sobre a técnica de distração osteogênica revisando seus conceitos por meio do relato clínico de um paciente jovem apresentando grande deficiência sagital do terço médio facial com prognóstico pobre e sério candidato a cirurgia ortognática para correção da deficiência entre as bases ósseas como complementação da reabilitação ortodôntica. O sucesso clínico do caso apresentado sugere que a interação entre as especialidades de ortodontia e cirurgia ortognática desempenha um papel importante no processo reabilitador dos pacientes que apresentam deformidades faciais severas. Entretanto, como qualquer técnica, apresenta vantagens e desvantagens que devem ser avaliadas levando-se em consideração a relação custo-benefício do tratamento para cada paciente individualmente.