Fraturas de côndilo mandibular: análise prospectiva de 36 meses em um hospital público terciário
Costa, F.H.; Motta Junior, J.; Borges, H.O.I.; Stabile, Glaykon Alex Vitti
Rev. odontol. UNESP, vol.41, nEspecial, p.0, 2012
Resumo
Fraturas dos côndilos mandibulares são altamente prevalentes. O seu tratamento pode ser realizado de maneira conservadora, por controle da oclusão dentária, ou cirúrgica, por redução cruenta e fixação interna estável. O objetivo deste trabalho - Comitê de Ética nº: 0100.0.268.000‑09 - foi avaliar, por meio de um estudo prospectivo de 36 meses, perfil epidemiológico de pacientes com fraturas dos processos condilares da mandíbula, modalidades de tratamento empregadas, acidentes e complicações associados aos tratamentos escolhidos e resultados obtidos. Foram analisados 41 casos consecutivos de fratura de côndilos mandibulares, sendo 15 bilaterais, totalizando 56 fraturas condilares. O gênero masculino foi o mais acometido (85,3%); a média de idade dos pacientes foi de 29,4 anos. Os agentes etiológicos foram: acidentes de trânsito (51,0%), quedas da própria altura (18,0%), agressão física (13,0%), ferimento por projétil de arma de fogo (10,0%), acidentes de trabalho (5,0%) e outros (3,0%). O tratamento cirúrgico foi realizado em 30,4% dos casos, sendo o restante conduzido de maneira conservadora. Dos 41 pacientes da amostra, 11 (26,8%) apresentaram complicações, sendo 47,0% decorrentes do tratamento cirúrgico e 53,0% do conservador. Conclui-se que o principal perfil de pacientes foi de adultos, brancos, gênero masculino e vítimas de acidentes de trânsito. Limitação de abertura bucal (27,0%) e desvio de linha média mandibular durante abertura (37,0%) foram as principais sequelas permanentes encontradas, sendo estas decorrentes exclusivamente do tratamento conservador.