Tooth loss and impact on quality of life in adult users of two Basic Health Units
Perda dentária e o impacto na qualidade de vida em adultos usuários de duas Unidades Básicas de Saúde
Silva, Edna Alves; Tôrres, Luísa Helena do Nascimento; Sousa, Maria da Luz Rosário de
Rev. odontol. UNESP, vol.41, n3, p.177-184, 2012
Abstract
The objectives of this study were the epidemiological profile of the oral health of adult users of the Unified Health System, verifying if tooth loss and high caries experience affect quality of life of the studied population. Methodology: This study was conducted with 111 adults from 30 to 59 years in two Basic Health Units in the southeastern city of Sao Paulo. Questionnaires were administered to obtain socioeconomic, demographic, behavioral data, and an assessment of quality of life in oral health. Tooth loss was evaluated in oral clinical examination using the M component of the DMFT and high caries experience by SiC index (Significant Caries Index). The assessment of quality of life was performed by OHIP-14 (Oral Health Impact Profile). Result: The average age was 42 years. The DMFT was 18.55 (+6.7). Tooth loss (8.65) was associated with functional limitation (p = 0.013), psychological distress (p = 0.017), physical disability (p = 0.002) and social (p = 0.036). The group of high caries experience (SiC > 25,5) was associated with physical disability (p = 0.004) and physical impairment (p = 0.025). Conclusion: The oral health conditions of adult users of UHS in this study was close to the national caries experience. The tooth loss and high caries experience affect quality of life of adults reinforcing the need for public politics related to health care and ensuring access to dental services.
Keywords
Oral health, adult, health surveys, tooth loss, quality of life.
Resumo
Os objetivos deste estudo foram conhecer o perfil epidemiológico da saúde bucal dos adultos usuários de duas Unidades Básicas de Saúde e verificar se a perda dentária e a alta experiência de cárie interferem na qualidade de vida da população estudada. Metodologia: Este estudo foi realizado com 111 adultos de 30 a 59 anos em duas Unidades Básicas de Saúde, na região sudeste da cidade de São Paulo. Foram aplicados questionários para obter dados socioeconômicos, demográficos, comportamentais e uma avaliação da qualidade de vida em relação à saúde bucal. A perda dentária foi avaliada no exame clínico bucal usando o componente P do índice CPO e a alta experiência de cárie, pelo índice SiC (Significant Index Caries). A avaliação da qualidade de vida foi realizada pelo OHIP-14 (Oral Health Impact Profile). Resultado: A média de idade foi 42 anos. O CPOD foi de 18,55 (±6,7). A perda dentária (8,65) foi associada à limitação funcional (p = 0,013), ao desconforto psicológico (p = 0,017), à limitação física (p = 0,002) e à incapacidade social (p = 0,036). O grupo com alta experiência de cárie (SiC > 25,5) foi associado à incapacidade física (p = 0,004) e à limitação física (p = 0,025). Conclusão: A condição de saúde bucal dos adultos usuários das duas Unidades Básicas, neste estudo, foi próxima à da experiência de cárie nacional. A perda dentária e a alta experiência de cárie dentária interferem na qualidade de vida dos adultos, reforçando a necessidade de políticas públicas voltadas ao cuidado da saúde e à garantia de acesso ao serviço odontológico.
Palavras-chave
Saúde bucal, adulto, inquéritos epidemiológicos, perda de dente, qualidade de vida.
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