Correlação entre disfunção temporomandibular e migrânea na ocorrência de zumbido
Soares, R.C.V.; Fernandes, G.; Gonçalves, D.A.G.; Franco, A.L.; Camparis, C.M.
Rev. odontol. UNESP, vol.40, nEspecial, p.0, 2011
Resumo
O objetivo do presente estudo foi investigar associação entre disfunção temporomandibular dolorosa (DTM), migrânea e zumbido, e estimar o risco de ocorrência de zumbido em pacientes com tais condições. Para isso, foram usados os critérios RDC/TMD para classificação da DTM; por meio de auto-relato a presença de zumbido foi avaliada e a migrânea foi diagnosticada e classificada, em episódica ou crônica, por meio de um questionário validado baseado na Classificação Internacional de Cefaléias-II. Os testes do χ 2 e Odds Ratio (OR) com 95% Intervalo de Confiança (IC) foram aplicados com nível de significância de 0,05. A amostra foi composta por 245 indivíduos, com média de idade de 37,15 anos. A partir dos resultados obtidos, é possível observar que a DTM dolorosa aumentou o risco para a presença de zumbido (OR = 4,9 95% IC: 2,04-11,63; p = 0,0005), como também quando há a presença de migrânea (p < 0,0001). A amostra foi então estratificada, possibilitando observar que a associação de DTM dolorosa com migrânea crônica e episódica aumenta o risco para zumbido quando comparado com a presença isolada das mesmas (p < 0,0001). Concluiu-se que DTM dolorosa, migrânea crônica e episódica podem ser um fator de risco para o zumbido, sendo esse risco aumentado quando essas duas condições coexistem no mesmo paciente.
Palavras-chave
Zumbido; transtornos de enxaqueca; articulação temporomandibular.