O presente trabalho teve como objetivo avaliar a prevalência de maloclusões em escolares na faixa etária de 6 a 12 anos, matriculadas em escolas municipais de Araraquara. Com base no número total de crianças (7235) realizou-se o cálculo da amostragem, totalizando 7 escolas, num total de 3380 crianças. Um estudo piloto em 2 escolas e a calibração dos examinadores pelo processo de repetição precedeu o início da pesquisa. Foram excluídas 1934 crianças da amostra por não atenderem aos critérios de inclusão. Na avaliação clínica, foram analisados, as relações inter-arcos nos sentidos transverso, vertical e sagital; a relação intra-arcos (diastemas, apinhamentos, giroversões), perfil facial, padrão de crescimento, presença ou não de assimetria, além de hábitos deletérios. Da amostragem total (1446), 80,8% apresentaram maloclusão e 19,20% oclusão normal; a relação dentária mais prevalente foi a de Classe I representando 65,31% da amostra; o padrão facial mais encontrado foi o Padrão I (92,57%) e a maloclusão predominante foi a mordida profunda (26,63%), seguida da mordida aberta anterior (26,08%) e mordida cruzada posterior bilateral (19,75%). Com relação aos hábitos deletérios, a onicofagia foi a mais prevalente (30,97%). Conclui-se que as maloclusões acometem a maior parte das crianças nessa faixa etária, tendo origem predominantemente dentária e com pouco ou nenhum comprometimento facial, evidenciando a necessidade da intervenção precoce.