Citotoxicidade de uma fita clareadora sobre células odontoblastóides e queratinócitos
Pontes, E.C.V.; Soares, D.G.S.; Ribeiro, APD; Hebling, J; Costa, CAS
Rev. odontol. UNESP, vol.40, nEspecial, p.0, 2011
Resumo
O objetivo deste estudo foi avaliar a citotoxicidade de uma fita clareadora (FC) com 10% de peróxido de hidrogênio (PH) sobre células odontoblastóides (MDPC-23) e queratinócitos (HaCat). Para as células MDPC-23, a FC foi aplicada sobre discos de esmalte/dentina adaptados em câmaras pulpares artificiais. O esmalte foi submetido a 2 aplicações de 30 minutos da FC, obtendo-se extratos (meio de cultura em contato com a dentina). Para a HaCat, o extrato foi obtido pela imersão da FC em meio de cultura. Os extratos foram aplicados sobre as células por 1 hora, durante os períodos de 1 e 5 dias, sendo o metabolismo celular avaliado pelo teste do MTT. Como controle positivo (CP) e negativo (CN), utilizou-se PH a 35% e meio de cultura, respectivamente. Para as células MDPC-23, não houve diferença significante entre os grupos clareados com a FC e o CN (Tukey; p > 0,05). O metabolismo celular foi de 100,8 e 82,6%, para os períodos de 1 e 5 dias, respectivamente. Para a HaCat, diferença significante foi observada para os grupos submetidos a 1 e 5 dias de tratamento com a FC em relação ao CN (Man-Whitney; p > 0,05), sendo observado metabolismo celular de 28 e 1,3%, respectivamente. Concluiu-se que a FC não promoveu citotoxicidade trans-amelodentinária significante para as células MDPC-23, porém apresentou intensos efeitos tóxicos em queratinócitos.
Palavras-chave
Clareamento de dente; toxicidade; odontoblastos.