As fraturas faciais constituem-se um constante desafio para cirurgiões buco-maxilo-faciais envolvendo estruturas do esqueleto da face, como em destaque, a mandíbula. Dependendo da magnitude do trauma e consequente extensão da lesão, perda sanguínea significativa pode ocorrer e a transfusão poderá ser necessária. O tratamento desses danos consiste em seguir os princípios da biomecânica mandibular, além da redução e fixação adequada da fratura, mantendo a harmonia oclusal, além do restabelecimento funcional do sistema estomatognático do paciente. O objetivo deste trabalho é relatar um caso de um paciente de 15 anos, gênero masculino, vítima de queda da própria altura com queixa principal de “não mordo direito”. Ao exame extra-oral, observou-se discreto edema em região parassinfisária direita e, no exame intra-oral, diversas alterações como: mobilidade dos cotos fraturados, trismo, movimentação mandibular comprometida, mordida aberta posterior bilateral, edema sublingual, entre outros. Após exame radiográfico, visualizouse solução de continuidade óssea em região parassinfisária direita.Discutem, ainda, o tratamento escolhido e a interferência do aspecto religioso envolvido na conduta do profissional perante a legislação vigente. O presente trabalho teve um acompanhamento pós-operatório de 60 dias sem registro de intercorrências.