Na área odontológica o biomimetismo tem sido utilizado em pesquisas de nível molecular. No entanto, Pascal Magne (1999) atribuiu um aspecto macroscópico a essas investigações avaliando o comportamento biomecânico e estético da coroa dental. Mimetizar envolve o processo de copiar um modelo que, na área Odontológica, é o dente intacto. Alia-se o fato da Odontologia ter firmes alicerces no procedimento adesivo, possibilitando a união de materiais artificiais aos tecidos duros do dente. Tal processo, cria estruturas híbridas. Antigamente, quando a adesão não estava consolidada, pequenas perdas estruturais eram restauradas às custas de métodos invasivos para criação de mecanismos retentivos conseguidos por meio do sacrifício de estrutura dental sadia. O presente estudo revisou evidências científicas para uma abordagem biomimética em dentes posteriores. O objetivo foi delinear uma metodologia de trabalho clínico. Através da execução de caso em paciente do sexo feminino, 20 anos de idade, uma restauração adesiva de classe I foi realizada utilizando-se a resina composta HRi (Micerium) na técnica de “duas cores” respeitando-se aspectos de emulação da natureza no ato de execução. Conclui-se que uma abordagem conservadora e biomimética pode ser propiciada por meio de materiais adequados e técnicas coerentes de reconstrução anatômica.