Recessão gengival é o termo designado à retratar um quadro clínico de deslocamento do tecido gengival marginal no sentido vertical e em direção ao terço apical. Tal situação resulta em exposição radicular e, não raramente, em hipersensibilidade dentinária o que gera grande desconforto ao indivíduo portador de lesão. Essa situação decorre de fatores etiológicos variados, dentre os quais, pode-se destacar a escovação traumática, a presença de freios ou bridas inseridas próximas à margem gengival de um ou mais dentes, movimentação ortodôntica traumática, próteses fixas ou móveis mal adaptadas, doença periodontal dentre outros. Da mesma forma, várias modalidades de tratamento visando à reposição do tecido gengival sobre a raiz exposta estão ao alcance do cirurgião-dentista, as quais traduzem-se em enxertos gengivais pediculados representados pelos deslocamentos coronal ou lateral de retalho, retalho tipo dupla-papila e os enxertos gengivais livres. Os objetivos desse trabalho são, num primeiro momento, apresentar os fatores predisponentes e desencadeantes das recessões gengivais e, posteriormente, ilustrar através de dois casos clínicos o tratamento de recessões gengivais através das técnicas de reposicionamento de retalho lateralmente e de enxerto de tecido conjuntivo sub-epitelial.