Revista de Odontologia da UNESP
https://revodontolunesp.com.br/article/588018cc7f8c9d0a098b4e19
Revista de Odontologia da UNESP
Artigo Original

Malocclusion in the dentition deciduous, mixed and permanent from district of municipal Limeira - SP, Brazil in the period between 2000 to 2004

Oclusopatias nas dentições decídua, mista e permanente no período de 2000 a 2004 do município de Limeira - SP, Brasil

Azenha, Viviane; Gibilini, Cristina; Wada, Ronaldo Seichi; Sousa, Maria da Luz Rosário

Downloads: 0
Views: 1036

Abstract

Epidemiological surveys are important for the knowledge of the prevalence and severity of oral diseases, being possible through the collected data, to drift, to execute and to evaluate health actions. The aim of this study was to verify the prevalence of malocclusion in the deciduous, mixed and permanent dentitions in children of the public net, among 2000 to 2004 in the municipal district of Limeira-SP, Brazil. Random sample was used through the students’ list, being raffled both sexes in agreement with age. In the present study, the age considered was between 5, 9 and 12 years, being the total sample for the respective years: 2000 (n = 2,725), 2002 (n = 1,575) and 2004 (n = 1,771). The occlusal condition was classified in three categories: normal, mild and moderate/severe according to the criteria of the World Organization of the Health (1987). The statistical analysis used was the Qui-Square test with significance of 5%. For 5-years-old, the prevalence of mild malocclusion (M1) was from 5.4 to 16.8% and the severe (M2) from 12.9 to 27.7%, while for 12 years-old those prevalence were 36.5 to 48.9% and 24.7 to 37.3%, respectively. The percentage of the severe malocclusion (M2) was higher to the nine years in all of survey, although with decrease to the 12 years (p < 0.001). In Limeira-SP city was found higher number of malocclusion of the permanent dentition in relation to the primary dentition, which reinforces the need for preventive programs and early diagnosis.

Keywords

Epidemiology, dentition, malocclusion, prevalence, oral health

Resumo

Os levantamentos epidemiológicos são importantes para o conhecimento da prevalência e da severidade das doenças bucais, podendo-se, a partir dos dados coletados, planejar, executar e avaliar ações de saúde. O objetivo deste estudo foi verificar a prevalência das oclusopatias nas dentições decídua, mista e permanente em crianças da rede pública de ensino no período de 2000 a 2004 no Município de Limeira - SP, Brasil. Utilizou-se amostra aleatória através da lista dos alunos, sendo sorteados ambos os gêneros de acordo com a idade. No presente estudo, consideraram-se apenas idades de 5, 9 e 12 anos, sendo o número total da amostra respectivo aos anos: 2000 (n = 2725), 2002 (n = 1575) e 2004 (n = 1771). A condição oclusal foi classificada em três categorias: normal, leve e moderada/severa, conforme os critérios da Organização Mundial da Saúde (1987). Para análise estatística, utilizou-se o teste do Qui‑Quadrado com significância de 5%. Aos 5 anos, a oclusopatia leve (M1) variou de 5,4 a 16,8%, e a severa (M2), de 12,9 a 27,7%, sendo que aos 12 anos estas prevalências variaram de 36,5 a 48,9% e 24,7 a 37,3%, respectivamente. A percentagem da má oclusão severa (M2) foi maior aos 9 anos em todos os inquéritos; entretanto, com decréscimo aos 12 anos (p < 0,001). Verificou-se no município de Limeira-SP um maior número de oclusopatias da dentição permanente em relação à dentição decídua, o que reforça a necessidade de programas preventivos e diagnóstico precoce.

Palavras-chave

Epidemiologia, dentição, má oclusão, prevalência, saúde bucal

Referências



1. Brasil. Ministério da Saúde. Projeto SB Brasil 2003: condições de saúde bucal da população brasileira 2002-2003 – resultados principais. Brasília: Ministério da Saúde; 2004.

2. Graber TM. Ortodontia, princípios e técnicas atuais. 2a ed. Granabara Koogan: Rio de Janeiro; 1996.

3. Menezes JVNB. Perfil de crianças com dentes decíduos perdidos precocemente. JBP. 2003; 31: 196-200.

4. Simões WA. Ortopedia funcional dos maxilares vista através da reabilitação neuro-oclusal. São Paulo: Santos; 1985.

5. Proffit WR, Fields H. Ortodontia contemporânea. 2a ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 1995.

6. Ribeiro VS. Alterações clínicas e cefalométricas após o uso do plano inclinado fixo para correção da mordida cruzada anterior simples: relato de caso clínico. J Bras Ortodon Ortop Facial. 2000; 29: 29-34.

7. Silva Filho OG, Ozawa TO, Almeida AM, Freitas PZ. Programa de extrações seriadas. Rev Dental Press. 2001; 6: 91-108.

8. Fernandes KP, Amaral MAT, Monico MA. Ocorrência de maloclusão e necessidade de tratamento ortodôntico na dentição decídua. RGO. 2007; 55: 223-7.

9. Planas P. Reabilitação neuroclusal. Rio de Janeiro: Medsi; 1997.

10. Pullinger AG, Seligman DA. Overbite and overjet characteristics of refined diagnostic groups of temporomandibular disorder patients. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 1991; 100: 401-15.

11. Carvalho GD. S.O.S. respirador bucal, uma visão funcional e clínica da amamentação. São Paulo: Lovise; 2003.

12. Boni RC, Degan VV. Hábitos de sucção chupeta e mamadeira. São José dos Campos: Pulso; 2004.

13. Centers for Disease Control and Prevention. The steps program in action: success stories on community initiatives to prevent chronic diseases. Atlanta: U.S. Department of Health and Human Services; 2008.

14. World Health Organization. Oral health surveys: basic methods. Geneva: WHO; 1987.

15. Alves JAO, Forte FDS, Sampaio FC. Condição socioeconômica e prevalência de más oclusões em crianças de 5 e 12 anos na USF Castelo Branco III - João Pessoa/Paraíba. Rev Dental Press Ortodon Ortop Facial. 2009; 14: 52-9.

16. Furtado A, Traebert JL, Marcenes WS. Prevalência de doenças bucais e necessidade de tratamento em Capão Alto, Santa Catarina. Rev ABO Nac. 1999; 7: 226-30.

17. Martins JCR. Prevalência de maloclusão em pré-escolares de Araraquara: relação da dentição decídua com hábitos e nível sócio‑econômico. Rev Dental Press Ortodon Ortop Facial. 1998; 3(6): 35-43.

18. Tomita NE, Sheiham A, Bijella VT, Franco LJ. Relação entre determinantes socioeconômicos e hábitos bucais de risco para más-oclusões em pré-escolares. Pesqui Odontol Bras. 2000; 14: 169-75.

19. Pires DM, RochA MCS, Cangussu MCT. Prevalência de oclusopatias na dentadura mista em escolares. Rev Bras Odontol. 2001; 58: 414‑7.

20. Capote TSO, Zuanon ACC, Pansani CA. Avaliação da severidade de má oclusão de acordo com o gênero, idade e tipo de escola em crianças de 6 a 12 anos residentes na cidade de Araraquara. Rev Dental Press Ortodon Ortop Facial. 2003; 8(1): 57-61.

21. Katz CR, Rosenblatt A, Gondim PP. Nonnutritive sucking habits in Brazilian children: effects on deciduous dentition and relationship with facial morphology. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2004; 126: 53-7.

22. Michel-Crosato E, Biazevic MGH, Crosato E. Relationship between malocclusion and daily activities impacts: a population-based study. Rev Odontol UNESP. 2005; 34: 37-42.

23. Suliano AA, Rodrigues MJ, Junior AFC, Fonte P, Porto-Carreiro CF. Prevalência de maloclusão e sua associação com alterações funcionais do sistema estomatognático entre escolares. Cad Saúde Pública. 2007; 23: 1913-23.

24. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Projeto SB Brasil 2003: condições de saúde bucal da população brasileira 2002-2003. Resultados principais. Brasília: Ministério da Saúde; 2004.

25. Frazao P. Epidemiologia da oclusão dentária e os sistemas de saúde [tese doutorado]. Sao Paulo: Faculdade de Saúde Pública da USP; 1999.

26. Stiz AL. Prevalência da doença periodontal e da má oclusão dentária em escolares de 5 a 12 anos de idade de Camboriú-SC, 2000 [dissertação mestrado]. São Paulo: Faculdade de Saúde Pública da USP; 2001.

27. Galvao CAAN, Pereira CB, Bello DRM. Prevalencia de maloclusões na America Latina e consideracões antropologicas. Ortodontia. 1994; 27: 52-9.

28. Proffit WR, Fields HW. Contemporany orthodontics. 3rd ed. St. Louis: Mostby; 1999.

29. Gribel M. Avaliação qualitativa e quantitativa do crescimento craniofacial em crianças de até 6 anos de idade. Rev Dental Press Ortodon Ortoped. 1999; 4(4): 55-62.

30. Snodell SF, Nanda RS, Currier GF. A longitudinal cephalometric study of transverse and vertical craniofacial growth. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 1993; 104: 471-83.

31. Petrovic AG, Stutzmann JJ. Research methodology and findings applied craniofacial growth studies. In: Graber TM, Rakosi T, Petrovic AG. Ortopedia dentofacial com aparelhos funcionais. 2ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan; 1997.

32. Martinelli N. PSF de primeiro mundo. Rev ABO Nac. 2001; 9: 202-6.

33. Michel-Crosato E, Biazevic MGH, Crosato E, Saliba O. Iniqüidade social e prevalência de cárie em um pequeno município rural do Sul do Brasil. Rev Odontol UFES. 2004; 6(2): 4-10.

34. Carvalho JC, D’Hoore W, Van Nieuwenhuysen JP. Caries decline in the primary dentition of Belgian children over 15 years. Community Dent Oral Epidemiol. 2004; 32: 277-82.

35. Pieper K, Schulte AG. The decline in dental caries among 12-year-old children in Germany between 1994 and 2000. Community Dent Health. 2004; 21: 199-206.

36. Tomita NE, Bijella VT, Franco LJ. Relação entre hábitos bucais e má oclusão em pré-escolares. Rev Saúde Pública. 2000; 34: 299-303.

37. Bueno SB. Aleitamento materno e desenvolvimento do sistema estomatognático [dissertação mestrado]. Piracicaba: Faculdade de Odontologia da UNICAMP; 2005.

38. Gonçalves TC. A sucção e o desenvolvimento do sistema estomatognático: algumas considerações. Revista Fono Atual. 2001; 18: 48-53.

39. Brin I, Zwilling-Sellam O, Harari D, Koyoumdjisky-Kaye E, Ben-Bassat Y. Does a secular trend exist in the distribution of occlusal patterns? Angle Orthod. 1998; 68: 81-4.

40. Morales PL, Carvalho LS. Estudo comparativo da correlação entre o apinhamento dos incisivos inferiores e o diâmetro mésio-distal, diâmetro vestíbulo-lingual e índice Peck-Peck em pacientes não tratados ortodonticamente e em pacientes na fase de pós contenção ortodôntica. Ortodontia. 1991; 24: 297-302.

41. Peres KG, Traebert ESA, Marcenes W. Diferenças entre autopercepção e critérios normativos na identificação das oclusopatias. Rev Saúde Pública. 2002; 36: 230-36.

42. Nóbrega JSM, Teixeira JAT. Estudo de prevalência da cárie dentária, má-oclusão e hábitos bucais deletérios em pré-escolares assistidos pelo PSF visando à reformulação das ações em promoção de saúde bucal [citado em 2006 Jun 20]. Disponível em: http://bvsms.saude.gov. br/bvs/publicacoes/premio2006/Jane_E_MH.pdf

43. Fagundes ALA, Leite ICG. Amamentação e maloclusão: revisão de literatura. J Bras de Fonoaudiologia. 2001; 2: 229-32.

44. Silva Filho OG. Sucção digital: abordagem multidisciplinar: Ortodontia X psicologia X fonoaudiologia. Estomatol Cult. 1986; 16: 44-52.

45. Hebling SRF, Pereira AC, Hebling E, Meneghim MC. Considerações para elaboração de protocolo de assistência ortodôntica em saúde coletiva. Ciênc Saúde Coletiva. 2007; 12: 1067-78.
588018cc7f8c9d0a098b4e19 rou Articles
Links & Downloads

Rev. odontol. UNESP

Share this page
Page Sections