A dor orofacial é uma condição de dor associada aos tecidos da cabeça, face, pescoço e estruturas da cavidade oral. O objetivo deste estudo foi observar a prevalência e a intensidade da dor orofacial em mulheres grávidas, no município de Araraquara, em 2008. Realizou-se um estudo transversal do qual participaram 80 gestantes, com idade média de 25 anos e 9 anos de estudo. O instrumento utilizado para a coleta dos dados foi o questionário Oral Impact on Daily Performances (OIDP), desenvolvido por Adulyanon e Sheiham (1997), e a análise foi realizada por meio do programa Epi Info. As gestantes que participaram desta pesquisa, em sua maioria, declararam ter uma saúde bucal regular, eram casadas e estavam desempregadas. Relataram ter problemas com os dentes (58,8%), problemas com a gengiva (31,3%), gosto ruim na boca (61,3%) e mau hálito (62,5%). Apenas 19 (23,7%) das participantes do estudo não sentiram dor nos últimos seis meses e a prevalência da dor orofacial foi de 76,3%. As dores mais freqüentes foram: dor provocada por líquidos frios ou quentes (56,3%), dor espontânea (39,8%), dor no rosto (23,8%), na ATM (21,3%) e ao abrir a boca (18,8%). Com relação à severidade a maior proporção foi de leve e moderada. Mesmo observando uma baixa severidade da dor orofacial, sua prevalência foi alta o que pode ter conseqüências na qualidade.