Objetivo: avaliar a ocorrência de fusão ou geminação dentária em crianças com fissura labiopalatina. Material e Métodos: foram examinados 400 pacientes (236 do sexo masculino e 164 do sexo feminino) na faixa etária de 36 a 72 meses, leucodermas, com fissura de lábio e/ou palato e dentição decídua completa, regularmente matriculadas no HRAC-USP. Pacientes com síndromes não foram incluídos na pesquisa. A coleta de dados foi realizada pelo princípio transversal, por meio de exame clínico para análise da presença ou não de alterações dentárias de forma, como fusão ou geminação. Quando presentes foi realizado exame radiográfico periapical complementar, para o estabelecimento do diagnóstico diferencial entre estas alterações. Resultados: os pacientes apresentaram idade média de 52 meses, sendo que a prevalência de fusão foi de 2,25% e de geminação de 2,0%, sem diferença estatisticamente significativa entre os sexos (p = 0,77 e p = 0,75; respectivamente). Quanto à localização, 44,4% das fusões e 50% das geminações, ocorreram na maxila, próximos à área da fissura. Conclusão: os resultados demonstram que grande ocorrência de geminação no arco dentário superior pode estar associada à presença da fissura, à presença de fatores genéticos predisponentes e alterações dentária na área da fissura.