Candida interage às superfícies protéticas por meio da película salivar. Entretanto, o papel da saliva na adesão fúngica ainda é controverso. Desde que o condicionamento com saliva varia entre as pesquisas, o objetivo deste estudo foi avaliar se a filtragem da mesma influenciaria a adesão de C. albicans (ATCC 90028) a uma resina para base de prótese (VipiWave). Amostras (13,8 × 2 mm) com superfícies lisas foram obtidas (n = 54) e divididas em 3 grupos (n = 18), sendo G1 (controle) e G2 e G3 (experimentais). No G1, as amostras não foram pré-condicionadas em saliva. Nos grupos G2 e G3, elas foram pré-condicionadas em saliva filtrada e sem filtrar, respectivamente. O teste de adesão consistiu na contaminação das amostras com 3 mL da suspensão fúngica (107 cel.mL-¹ ), por 90 min à 37°C, seguida de lavagem em PBS. As células aderidas foram avaliadas pela coloração Cristal Violeta (cel.mm-² ) e ensaio de XTT (absorbância). Os resultados, analisados por meio de ANOVA (α = 0,05), demonstraram que as diferenças entre os logaritmos de cel.mm-² (G1: 1,66; G2: 2,02; G3: 1,82) não foram estatisticamente significativas. Entretanto, G1 apresentou absorbância (0,37) menor comparado a G2 (0,72) e G3 (0,69), que não foram diferentes entre si. Conclui-se que a saliva aumentou a adesão de C. albicans à resina avaliada independente da filtragem. Apoio: FAPESP: 2008/05339-8.