O zumbido é frequentemente relatado como sintoma da Disfunção Temporomandibular (DTM). A relação entre DTM e zumbido subjetivo ainda não está esclarecida. A hipótese mais aceita, atualmente, é que o zumbido é conseqüência de interações sensoriais motoras, observadas em pacientes com dor. O presente estudo caso-controle teve como objetivo avaliar a prevalência de zumbido em pacientes que procuraram tratamento para DTM na Faculdade de Odontologia de Araraquara, bem como a sua relação com a mesma. Para isso, 310 indivíduos (261 mulheres e 49 homens), com idade entre 18 e 76 anos (média 37 anos), foram avaliados com o Research Diagnostic Criteria for Temporomandibular Disorder (RDC/TMD) para a obtenção do diagnóstico de DTM e de zumbido subjetivo. Para a análise dos resultados, a amostra foi dividida em 2 grupos: 1) Grupo caso: pacientes com DTM dolorosa (n = 243); 2) Grupo controle: pacientes sem DTM dolorosa (n = 67). Os resultados obtidos a partir do teste do Qui-quadrado mostraram uma prevalência de zumbido no grupo caso de 54,8% e de 23,5% para o grupo controle (p = 0,000). Não houve diferença estatisticamente significativa para gênero (p = 0,077) e idade (p = 0,812). Conclusões: A prevalência de zumbido é maior em pacientes com DTM dolorosa; a relação encontrada não implica em causa-efeito.