P.12 - Cárie oculta em paciente odontopediátrico: diagnóstico e tratamento
Bussaneli, D.G.; Sanches, J.O.; Paschoal, MAB; Abreu e Lima, F.C.B.
Rev. odontol. UNESP, vol.39, nEspecial, p.0, 2010
Resumo
O diagnóstico acurado de lesões de cárie incipientes tem se tornado cada vez mais complexo devido ao fácil acesso da população aos fluoretos. O uso indiscriminado de fluoretos como medida preventiva abrangente para a doença cárie é apontado como o principal responsável pelo aparecimento de lesões ocultas. Essas lesões evoluem silenciosamente e caracterizam-se por apresentar esmalte dentário com maior potencial de remineralização e dentina pobremente exposta aos fluoretos. A criança L.R.R.C.B, gênero feminino, 10 anos, apresentou-se à clínica de Odontopediatria da FOAr-UNESP com queixa de existir algo estranho em seu dente. Após exame clinico e radiográfico, constatou-se presença de cárie oculta e hiperplasia pulpar no primeiro molar permanente superior direito. Procedeu-se à intervenção endodôntica (pulpotomia com hidróxido de cálcio) e selamento provisório da cavidade com ionômero de vidro convencional. O controle clínico e radiográfico do caso foi realizado a cada dois meses, totalizando quatro meses de acompanhamento. A ausência de sintomatologia dolorosa e sinais radiográficos permitiram a realização da restauração. Inferiu-se que a associação de exames deve ser encorajada para que se diminua a possibilidade de um diagnóstico falso negativo de lesão de cárie em dentes com superfície oclusal hígida.
Palavras-chave
Cárie dentária; diagnóstico; pulpotomia