O.61 - Halitose: por quê a incidência é tão grande na geriatria?
Evangelista, M.E.F.D.; Oliveira, C.E.F.; Gonçalves, H.H.S.B.; Guiotti, A.M.
Rev. odontol. UNESP, vol.39, nEspecial, p.0, 2010
Resumo
Halitose é o odor desagradável do ar expelido pelas vias aéreas. Existem mais de 50 causas e, em aproximadamente 90% dos casos, é de origem bucal. Pode ter origem fisiológica (hálito da manhã, jejum prolongado, dietas inadequadas); razões locais (má-higiene bucal, saburra lingual, baixa produção de saliva, gengivites e periodontites, utilização de próteses) e razões sistêmicas (diabetes, problemas renais ou hepáticos, prisão de ventre, etc.). A incidência da halitose na população brasileira é, segundo a ABPO de 71% acima de 65 anos. Diante disso, o objetivo deste trabalho foi realizar uma revisão de literatura sobre os fatores que podem causar halitose nos idosos, já que é cada vez mais expressante o número de idosos em todo mundo. As origens que agravam a incidência da halitose neste grupo populacional são: diminuição da varredura na língua; uso freqüente de medicamentos; senilidade de glândulas salivares; maior incidência de cáries de raiz; comprometimento psicológico e dores que liberam as catecolaminas que agem diretamente nas glândulas salivares inibindo seu funcionamento, aumentando assim a xerostomia e deficiência de higienização das próteses por dificuldades motoras. A prevenção e o tratamento da halitose diminuem traumas emocionais causados por possíveis rejeições por parte da sociedade e até mesmo dos familiares.
Palavras-chave
Odontogeriatria; halitose; xerostomia