O.36 - Relação entre testosterona e condições inflamatórias crônicas - revisão da literatura
Steffens, João Paulo; Rossa Jr., C.; Spolidorio, L.C.
Rev. odontol. UNESP, vol.39, nEspecial, p.0, 2010
Resumo
O envelhecimento populacional é observado como uma tendência em muitos países do mundo. Esta transição demográfica leva a uma transição epidemiológica: em um país essencialmente jovem, as doenças são caracterizadas por eventos causados por moléstias infecto-contagiosas, enquanto as doenças crônicas afetam mais pacientes adultos/idosos. Dentre os vários fatores tempo-dependentes que podem desencadear diferentes doenças crônicas, a diminuição/supressão da produção de hormônios sexuais deverá se constituir num importante problema, sendo que a mesma está intimamente relacionada com a resposta do hospedeiro às condições do organismo e externas. Estudos observacionais associaram níveis baixos de testosterona (T) com doenças cardiovasculares, síndrome metabólica, resistência à insulina e diabetes mellitus, dislipidemia, e, em nível ósseo, a uma maior possibilidade de perda de densidade óssea mineral, levando a um maior risco para osteopenia e osteoporose. No entanto, o efeito da T sobre o processo inflamatório ainda não está bem estabelecido. Os estudos que avaliaram esta relação apresentaram resultados variados, dependentes do tecido e célula avaliados, modelo de estudo utilizado e dosagem de T empregada. Portanto, o objetivo desta revisão é expor e discutir os efeitos da T nas condições inflamatórias crônicas. Apoio: CAPES.
Palavras-chave
Envelhecimento da população; testosterona; inflamação