O escurecimento da câmara pulpar é uma das conseqüências que o tratamento endodôntico pode ocasionar, tendo como causa a persistência de material obturador em seu interior após a obturação. Para evitá-lo, deve executar uma limpeza, sendo citadas diversas substâncias, porém sem critério científico, principalmente se avaliado, através de microscopia eletrônica em grandes aumento. Objetivando averiguar a eficácia de limpeza destas, 40 pranchas de dentina de câmara pulpar de dente bovino ex vivo foram obtidas. Sobre a superfície dentinária foi aplicado 0,1 mL de EDTA trissódico a 17%, por 3 minutos e lavados com 1 mL de NaOCl a 1%. Após secagem com jatos de ar, foi aplicado o cimento Sealapex®, mantendo-o sobre a dentina por 5 minutos. Logo após, os espécimes foram subdivididos em quatro grupos, em função do agente de limpeza, sendo eles: G1-álcool absoluto 96,6°, G2-álcool 70 v/v, G3-álcool isopropílico e G4-eucaliptol. As substâncias foram aplicadas em uma bolinha de algodão e friccionadas sobre a dentina, até que visualmente se observasse a remoção do cimento. Os corpos de prova foram analisados em MEV, com aumento de ×1.000 e o grau de sujidade foi qualificado e submetido à análise estatística. Todos os grupos apresentaram sujidades, não diferindo entre si, em função do agente de limpeza (p > 0,05). Entretanto, a dimensão das partículas persistentes foram menores para o grupo-3.