Vários métodos tem sido propostos com o intuito de remover alterações de cor do esmalte, sejam elas intrínsecas ou extrínsecas, tendo como objetivo final a melhora da aparência estética do sorriso. Desta forma, a técnica de microabrasão do esmalte é indicada nesses casos, sendo considerada como um método não restaurador e coadjuvante na remoção de defeitos do esmalte dentário. Embora esta técnica seja bem indicada nesses casos, apresenta limitações e nem sempre atinge resultados satisfatórios. Sendo assim, o presente caso clínico reporta a utilização da técnica de microabrasão numa paciente de 9 anos do gênero feminino que apresenta mancha hipoplásica no elemento 21 comprometendo a estética de seu sorriso. O protocolo utilizado baseou-se em 6 aplicações da mistura de pedra-pomes e ácido fosfórico a 37% com 10 segundos cada, com lavagens e secagens entre as sessões. Como forma de avaliar as características do esmalte antes e após o procedimento, foram realizadas moldagens para obtenção de espécimes a serem observados em microscopia eletrônica de varredura (MEV). O resultado clínico demonstrou insucesso da técnica, devido à grande profundidade da mancha, quando não foi possível removê-la. A análise dos espécimes pela MEV demonstrou que o esmalte após a microabrasão apresentou aspecto mais liso e homogêneo.