O titânio comercialmente puro (Ti cp) tem boas propriedades como resistência mecânica e biocompatibilidade. Porém, íons fluoretos presentes em higienizadores bucais podem corroer e alterar a superfície do Ti cp. Neste trabalho, analisamos as superfícies de implantes de Ti cp de duas marcas comerciais de mesma geometria (Neodent® e 3i®) após ação de íons fluoretos, por microscopia eletrônica de varredura (MEV). Vinte e um implantes de cada marca foram divididos em grupos (n = 7) controles e testes 10 e 20 anos. Nos grupos testes os implantes foram imersos em solução fluoretada (NaF 1.500 ppm e pH 5,5) simulando exposição por 10 e 20 anos ao ambiente bucal. Nos grupos controles, utilizou-se água destilada. Após os períodos de imersão, as superfícies dos implantes foram analisadas por MEV. As fotomicrografias de todos os implantes foram semelhantes. Nos grupos controles não foi encontrado indícios de corrosão. Entretanto, nos grupos testes 10 anos, observou-se indícios de corrosão, com presença de pits. E, nos grupos testes 20 anos, foi verificado irregularidades, presença de pits, cristais, grânulos e manchas escuras. Tais características sugerem que em algum momento entre 10 e 20 anos de simulação estudada ocorreu uma intensificação do processo corrosivo. Conclui-se que os íons fluoretos propiciaram corrosão dos implantes estudados. Apoio: PIBIC