Uma sequela comum nas próteses é a ocorrência de hiperplasia tecidual da mucosa em contato crônico com a borda de próteses mal-adaptadas. Após a substituição ou ajustes das mesmas, a lesão pode ceder. Para lesões extensas, a excisão cirúrgica do tecido e substituição do aparelho protético, estão indicadas. O objetivo deste trabalho é relatar caso em que a paciente VZC, 67 anos, compareceu à clinica de Prótese total da FORP-USP apresentando lesão hiperplásica inflamatória extensa na região do flanco labial inferior em função do uso de uma prótese total convencional mal adaptada 30 anos. Foram obtidos os modelos iniciais em alginato e moldeiras individuais superior e inferior. Realizou-se a remoção cirúrgica da lesão e análise histopatológica. Enquanto aguardavase a cicatrização, procedeu-se a confecção da prótese superior até a montagem em articulador. Após 20 dias da intervenção cirúrgica, procedeu-se à moldagem final do arco inferior e término dos aparelhos protéticos. Na sessão de instalação (após 3 meses), reembasou-se a prótese inferior para melhor adaptação na área cicatrizada. O histopatológico confirmou o diagnóstico clínico de Epullis fissuratum, o tratamento propiciou conforto e perfeita adaptação da prótese.