A mandíbula é o único osso móvel da face e participa ativamente de funções básicas como mastigação, fonação e deglutição, além de auxiliar na manutenção da oclusão dentária. Devido à sua topografia, anatomia e projeção no terço inferior da face, é um osso frequentemente atingido por traumas, podendo resultar em fraturas. Em alguns casos, como em ferimentos por arma de fogo, acidentes motociclísticos e acidentes automobilísticos, as fraturas podem envolver diversos segmentos da mandíbula, caracterizando uma fratura cominutiva. De forma geral, as fraturas de mandíbula não diferem das fraturas de outros ossos do esqueleto com relação à etiologia e aos princípios gerais de tratamento. No entanto, as fraturas cominutivas de mandíbula são, geralmente, expostas, o que aumenta as chances de infecção. A redução das fraturas de mandíbula pode ser realizada por técnicas abertas ou fechadas, objetivando, principalmente, a restauração da função e estética mandibulares. Com base nestas informações, o objetivo deste trabalho é apresentar um caso clínico com tratamento cirúrgico de fratura de mandíbula cuminutiva, discutindo avaliação inicial, exame clínico, escolha do acesso cirúrgico e tipo de tratamento realizado.