Considerando os aspectos biológicos do clareamento, esse estudo avaliou a citotoxicidade de dois agentes clareadores contendo peróxido de carbamida (PC) em duas concentrações (10 e 16%) sobre células MDPC-23. Dezoito discos com esmalte/dentina obtidos de incisivos bovinos foram posicionados em câmaras pulpares artificiais e submetidos ao clareamento da seguinte forma: G1 – PC a 10% (1 dia); G2 – PC a 10% (7 dias); G3 – PC a 16% (1 dia); G4 – PC a 16% (7 dias). Nos grupos controle G5 e G6 o meio de cultura permaneceu em contato com os discos pelo período de 1 e 7 dias, respectivamente. Nos grupos experimentais, o gel clareador permaneceu em contato com esmalte por 8 horas diárias, seguida da aplicação de água deionizada por 16 horas. Após 12 horas da última aplicação do gel, os extratos em contato com a dentina foram obtidos e aplicados sobre as células previamente cultivadas em placas de 24 compartimentos. O metabolismo celular foi avaliado pelo teste MTT. Observou-se redução do metabolismo celular de 73; 98; 86; e 99% para G1, G2, G3 e G4, respectivamente. Somente entre G1 e G2 e entre G3 e G4 observou-se diferença estatisticamente significante (Mann-Whitney, p < 0.05). A técnica de clareamento avaliada causou severa redução do metabolismo celular, de forma que o período mais longo resultou nos efeitos tóxicos mais intensos. Apoio: FAPESP/CNPq