A vacinação contra hepatite B é eficiente método de controle de infecção, pois a contaminação pelo vírus (VHB) representa risco ocupacional para profissionais da área da saúde, sendo recomendada, mas não obrigatória. Em alguns países, a política é mais exigente, incluindo a proibição de atividades clínicas pelos acadêmicos de odontologia infectados com o VHB. Assim, foi investigado o estado vacinal quanto à HB entre 98 acadêmicos da FOAr – UNESP e identificou-se percepções acerca do medo de contágio. Utilizou-se a análise descritiva dos dados sobre vacinação contra HB e a análise do Discurso do Sujeito Coletivo quanto à pergunta “Você tem medo de se contaminar com alguma infecção especial? Fale-me sobre isso”. Os resultados mostraram que 81,6% dos alunos receberam três doses da vacina contra HB e desses, 38,8% realizaram teste para verificar soroconversão, dentre os quais 90,3% apresentaram imunidade. Quanto aos discursos obtidos pôde-se observar medo de contágio pelo VHB, sendo ainda mais frequente o medo conjunto de contágio ou pelo VHB ou AIDS. Os acadêmicos tiveram a correta percepção de que a adesão às medidas padrão são suficientes para proteção, embora relatassem a negligência de algumas etapas, expondo-se a risco de contágio eventual. Para a amostra estudada, pode-se concluir que a vacinação e a realização do exame de soroconversão precisam ser incentivadas, principalmente porque a prática segura durante o atendimento de pacientes pode estar sendo negligenciada. Apoio: FAPESP