A doença de Alzheimer afeta aproximadamente um milhão de pessoas idosas no Brasil, sendo que muitos dos indivíduos que apresentam a demência desconhecem-na, assim como seus familiares e cuidadores, o que acarreta em graves problemas. O objetivo desta revisão de literatura foi reunir dados, que avaliassem as mudanças ocorridas na saliva e na cavidade oral de pacientes com a demência Alzheimer (DTA). A pesquisa foi realizada sobre a base de dados MEDLINE (Entrez PubMed), no período entre 1998-2008. Foram feitas combinações com os termos Alzheimer, fluxo salivar, saliva e xerostomia, tendo sido encontrados poucos trabalhos. A presente revisão sugere que pacientes portadores da doença Alzheimer tem o fluxo salivar diminuído, em relação aos não portadores da patologia. Alguns autores atribuem a redução ao uso de medicamentos e outros, à própria doença, já que ocorrem alterações nas funções das glândulas salivares, principalmente nas submandibulares. Observa-se ainda uma maior incidência de cárie e doença periodontal, atribuída pelos autores às más condições de higiene, principalmente nos indivíduos que vivem em instituições. Os referidos artigos demonstraram que se sabe muito pouco sobre a doença Alzheimer no que diz respeito à composição salivar, e que outros estudos devem ser realizados, no objetivo de verificar a existência de alterações que possam atuar como complicadores para a manutenção da saúde oral nesses pacientes.