O odontoma composto é o tumor odontogênico mais comum, considerado uma anomalia de desenvolvimento (hamartoma) e não uma neoplasia verdadeira, originando estruturas semelhantes a dentes rudimentares. A provável etiologia sugere que seja em função de traumatismo ou infecção local. Não tem predileção por gênero, ocorre geralmente na região anterior da maxila em sua maior parte na primeira e segunda década de vida. Clinicamente, o odontoma composto é assintomático, sendo descoberto em exames radiográficos de rotina. O tratamento consiste na remoção da lesão, sem necessitar de margem de segurança devido ao seu prognóstico favorável. Caso clínico: paciente J.A., leucoderma, 10 anos de idade, chegou a Clínica de Odontopediatria da FAI - Faculdades Adamantinenses Integradas encaminhada pela Secretaria Municipal de Saúde. Radiograficamente pôde-se visualizar uma imagem radiopaca entre os dentes 21 e 62. Ao exame clínico loco-regional observou-se abaulamento vestibular nesta região e presença dos dentes 62 e 63. A análise macroscópica da lesão excisada evidenciou ser compatível com Odontoma Composto. Pôde-se concluir que quando essa lesão é removida precocemente, evitamos cirurgias mais complexas, tratamentos ortodônticos difíceis e demorados, tendo esse tratamento um grande valor preventivo.