O cisto nasolabial tem origem em tecidos não-odontogenicos, sua ocorrência é considerada rara e restrita aos tecidos moles. Em geral é assintomático, e produz sinais característicos como elevação da asa do nariz e desaparecimento do sulco nasolabial do lado afetado. Entretanto, os exames radiográficos e microscópio possuem papel importante no diagnostico definitivo da doença. O contato da lesão com as corticais ósseas produzem imagens radiográficas nos exames oclusal total da maxila e tomografia computadorizada com janela para tecidos moles. Seu tratamento é a remoção cirúrgica total da lesão, e a analise microscópica do material coletado, que comumente apresenta epitélio colunar pseudoestratificado não ciliado. O objetivo deste trabalho foi relatar um caso clinico de cisto nasolabial em paciente do sexo masculino, melanoderma, com 36 anos de idade. Constatou-se no exame extra-bucal aumento volumétrico assintomático no lado esquerdo da face, com apagamento do sulco nasolabial, e no intra-bucal tumefação no fundo do vestíbulo superior na região de incisivo superior esquerdo. Na radiografia oclusal total da maxila havia inversão da convexidade da porção anterior do soalho da fossa nasal do lado afetado, sendo detectada na tomografia computadorizada massa hipodensa arredondada. Após a enucleação da lesão confirmou-se histopatologicamente diagnostico de cisto nasolabial, e após 8 meses estava assintomático. Conclui-se que o cisto nasolabial apesar de ser entidade patológica rara deve figurar entre as hipóteses diagnosticas para tumefações que acometem a região nasolabial.