A falta de conhecimento e conscientização de pacientes usuários de próteses totais pode influenciar na higienização bucal e no processo saúde/doença destes indivíduos. Esse trabalho avaliou os hábitos de remoção das próteses totais durante o sono noturno e de higienização das mesmas por pacientes desdentados totais tratados na Clínica de Prótese Total da Faculdade de Odontologia de Araçatuba - UNESP. O instrumento de coleta dos dados foi um questionário aplicado nos pacientes desdentados bimaxilares atendidos nos anos de 2000 a 2005. Os dados foram processados com utilização do programa Epi Info - version 3.3.2. Do total de pacientes, 74,4% eram do gênero feminino, com 79,9% de todos os indivíduos com idade entre 61 e 80 anos. Muitos pacientes (44%) não retiravam as próteses para dormir durante o sono noturno. Dos pacientes que as tiravam, 63% tiravam tanto a prótese maxilar como a mandibular e 28,1% tiravam somente a mandibular. Em relação à freqüência com que os pacientes retiravam as próteses para dormir, a maioria o fazia diariamente (44,6%). Grande parte dos pacientes realizava a limpeza das próteses totais com pasta + escova de dentes (61,3%) e 56% apresentavam suas próteses com tártaro e/ou placa. Concluiu-se que o grau de higienização das próteses totais foi, em sua maioria, considerado insatisfatório e que mesmo com idades avançadas, os indivíduos necessitam de motivação e orientação quanto à necessidade e importância da higienização de suas próteses e remoção destas durante o sono noturno. Apoio financeiro: FAPESP (processos: nº2005/04408-8 e nº06/00617-4).