A previsibilidade na reabilitação com implantes está vinculada à precisão do modelo de trabalho sobre o qual é confeccionada a supraestrutura. Este estudo avaliou a influência da inclinação dos implantes na precisão do modelo de trabalho obtido através de duas técnicas distintas de vazamento. Uma matriz metálica com dois implantes, posicionados a 90 e 65° em relação ao rebordo alveolar, foi submetida à técnica de moldagem de transferência direta. No grupo I (n 10) os moldes foram vazados com gesso pedra tipo IV através da técnica convencional. No grupo II (n 10) os análogos foram envolvidos com tubos de látex antes do primeiro vazamento. Após 60 minutos, os tubos foram removidos e o espaço preenchido pelo mesmo gesso. A matriz metálica (grupo controle) e as réplicas foram avaliadas quanto à inclinação dos implantes/análogos e à desadaptação vertical entre uma supraestrutura e os implantes/análogos. Os dados foram avaliados por meio da análise de variância e pelo teste de Tukey (α 0,05). Com relação à inclinação dos análogos, ambos os grupos experimentais exibiram diferença estatística (p < 0,05) em relação ao grupo controle apenas para os análogos inclinados. Houve diferença significativa (p < 0,05) entre os grupos controle e experimentais na desadaptação vertical observada no implante/análogo perpendicular com o parafuso de retenção localizado no implante/análogo inclinado, e entre os grupos controle e II na situação oposta. Considerando a inclinação, implantes perpendiculares produzem modelos mais precisos independentemente da técnica de vazamento do gesso