Entre todos os cistos do complexo maxilomandibular, os mais freqüentes são os radiculares apicais (cistos periapicais). Quando esses cistos não são removidos antes ou por ocasião da exodontia, permanecem na intimidade do osso e continuam a crescer. Nesta condição, são chamados residuais. Caso clínico: paciente leucoderma do sexo masculino com 66 anos de idade, de profissão lavrador. À anamnese, nenhum problema sistêmico foi identificado, constatando-se ao exame clínico sinais vitais normais. Intrabucalmente, notava-se tumefação no rebordo alveolar inferior esquerdo edentado. Radiograficamente, a lesão tinha um correspondente intra-ósseo com imagem globosa, radiolúcida homogênea, 1,5 cm de diâmetro, limites nítidos com linha esclerótica radiopaca delimitante. Com diagnóstico clínico de lesão cística, foi realizada a punção aspirativa obtendo-se conteúdo de cor amarronzada com características de infecção. A seguir, foi realizada biópsia excisional confirmando-se o diagnóstico de cisto residual. O pós-operatório evoluiu favoravelmente, reforçando que, manobras semiotécnicas adequadas associadas à comprovação histopatológica levam ao diagnóstico definitivo correto de uma lesão, estabelecendo-se um acompanhamento clínico adequado para a mesma.