20-SPG - Lesão de células gigantes periférica – características clínicas, histopatológicas e tratamento
Lyra, F.C.; Martinez, F.W.; Simonato, L.E.; Soubhia, A.M.P.
Rev. odontol. UNESP, vol.37, nEspecial, p.0, 2008
Resumo
A lesão de células gigantes periférica é uma patologia relativamente comum na cavidade bucal. Caracteriza-se pelo crescimento tecidual que ocorre exclusivamente na gengiva, em áreas dentadas ou no rebordo alveolar, em pessoas desdentadas. É interpretada como uma resposta proliferativa dos tecidos ao trauma crônico. Seu tratamento consiste na remoção cirúrgica conservadora e eliminação do fator irritante, a fim de evitar recidivas. Este trabalho objetiva, através de um caso clínico, dar condições ao cirurgião dentista de diagnosticar e tratar de forma correta essa patologia. O caso clínico a ser relatado é de um paciente de 32 anos de idade, sexo feminino, leucoderma que procurou à Clínica de Estomatologia da Faculdade de Odontologia de Araçatuba - UNESP com queixa de uma lesão na gengiva. Durante a anamnese a paciente relatou que tinha dificuldade de adaptar a prótese e que a lesão era indolor. Ao exame físico extrabucal nada digno de nota foi observado. Ao exame físico intrabucal foi verificado um nódulo localizado no rebordo alveolar superior esquerdo entre os dentes 21 e 24, de forma arredondada, medindo aproximadamente 1,5 cm no seu maior diâmetro, coloração avermelhada, consistência fibrosa e base de implantação pediculada. Foi estabelecido como diagnóstico diferencial granuloma piogênico e lesão de células gigantes periférica. A conduta adotada foi a realização de uma biópsia excisional, cujo resultado do exame histopatológico confirmou o diagnóstico de lesão de células gigantes periférica. O controle pós-operatório não revelou sinais de recidiva