O prognóstico de um dente reimplantado está relacionado à integridade do ligamento periodontal cementário e da camada de cemento. Esta, por sua vez, é influenciada por vários fatores, sendo os principais o período extra-alveolar e o meio de conservação. Alterações sistêmicas, como o diabetes, podem interferir neste prognóstico. Portanto, o propósito deste trabalho foi avaliar o processo de reparo do reimplante imediato de incisivos de ratos diabéticos não controlados. Para tanto, 48 ratos foram divididos em dois grupos de 16 animais cada, sendo que no Grupo I foi administrada, por via endovenosa, injeção de tampão citrato e no Grupo II inoculada estreptozotocina dissolvida em tampão citrato pela mesma via, para a indução do diabetes. Após controle glicêmico, os dentes foram extraídos e imediatamente reimplantados em seus respectivos alvéolos. A antibioticoterapia sistêmica foi instituída no pós-operatório imediato. Decorridos 10, 30 e 60 dias após o reimplante, realizou-se a eutanásia dos animais e as peças obtidas foram submetidas ao processamento laboratorial para a obtenção dos cortes, os quais foram corados com hematoxilina e eosina e Tricrômicro de Masson para análise histológica. Os resultados demonstraram que índices semelhantes de reabsorção radicular externa e anquilose foram encontrados em ambos os grupos. Concluiu-se que o processo de reparo do reimplante dentário dos ratos diabéticos foi, qualitativamente, semelhante ao grupo controle, embora o tecido conjuntivo no espaço do ligamento periodontal se manteve mais desorganizado em todos os períodos estudados.