38-SOG - Assistência integrada ao paciente com sequela de traumatismo craniano
Silva, R.B.P.; Ferreira, A.C.R.M.; Pereira, L.V.; Silva, P.S.B.
Rev. odontol. UNESP, vol.37, nEspecial, p.0, 2008
Resumo
Segundo dados do Ministério da Saúde cerca de 2 milhões de pessoas são internadas a cada ano em hospitais da rede pública vítimas de traumatismos em geral. O objetivo do presente estudo é relatar o manejo do paciente traumatizado grave durante um tratamento odontológico. O caso clínico em questão é do paciente C.D.S, 36 anos, casado, natural de Araçatuba. Sofreu acidente há 1 ano onde houve perda de tecido cerebral do lado direito que acarretou uma tetraparesia espástica. Paciente não fala, é completamente dependente nas atividades de vida diária. Ao exame clínico inicial observamos a presença de muitas raízes residuais. Acreditamos que o paciente sinta dor apesar de não ter capacidade de comunicação. Durante uma das sessões de atendimento fotografadas para esse trabalho contamos com a presença do setor de enfermagem que monitorava os batimentos cardíacos e a oxigenação do paciente. A técnica de enfermagem mantinha o posicionamento da cabeça adequado para desobstruir as vias aéreas superiores, mantendo também a cabeça lateralizada. A abertura da cavidade bucal foi mantida com o uso de um abridor de boca tipo mouth, o tempo todo com o sugador posicionado. Coube ao cirurgião dentista a tarefa de executar as exodontias em um campo limitado e no menor tempo possível e orientações foram feitas aos familiares quanto a sangramentos. Já na segunda sessão o relato da família foi de que existiu supostamente um alívio da sintomatologia dolorosa posto que permitiu um esboço de higienização com gazes e clorexedina (Periogard), permitindo melhoria na condição bucal apresentada.