25-SOG - Ocorrência de Aggregatibacter actinomycetemcomitans em oito etnias indígenas
Melo, M.E.; Matheus, A.A.; Ramos, M.M.B.; Vieria, E.M.M.; Gaetti-Jardim Júnior, E.
Rev. odontol. UNESP, vol.37, nEspecial, p.0, 2008
Resumo
Aggregatibacter actinomycetemcomitans está associados ás formas mais agressivas de periodontite e se mostra produtor de leucotoxina. O objetivo do presente estudo foi avaliar a ocorrência desse microaerófilo por cultura e PCR, bem como a distribuição de linhagens maximamente ou minimamente leucotoxigênicas em oito etnias indígenas. A ocorrência desse microrganismo foi avaliada em 90 indígenas das etnias. Umutina, Paresi, Bororo, Bakairi, Kayabi, Irantxe, Nambikwara e Terena, no Estado de Mato Grosso. Amostras do biofilme subgengival, supragengival e saliva foram coletados e transferidos para meio de transporte VMGA III e inoculados em placas contendo ágar TSBV,que eram incubadas em condições de anaerobiose por 3 dias, a 37 ºC. Os espécimes também eram transferidos para microtubos contendo água ultra pura, para extração do DNA microbiano. Após o período de incubação fazia-se a identificação dos isolados através de suas características morfocoloniais e celulares, além de susceptibilidade ao fluoreto de sódio e fermentação de carboidratos. A detecção do microrganismo por PCR foi realizada com iniciadores específicos (LKT), enquanto a presença da deleção no promotor da leucotoxina, que caracteriza as cepas com maior leucotoxigenicidade foi feita a partir do DNA dos isolados e iniciadores PRO. A. actinomycetemcomitans foi detectado por cultura em 16,67% e 28,95% dos pacientes com gengivite e periodontite, respectivamente, enquanto o método molecular detectou o patógeno em 25% e 42,11% desses pacientes. Esse microaerófilo não foi detectado em sadios e nenhuma das amostras apresentou a deleção genética no promotor da leucotoxina que caracteriza as cepas maximamente leucotóxicas. A participação desse microrganismo na população microbiana em relação a outros patógenos sugere um papel secundário do mesmo nas periodontopatias nessas populações indígenas. FAPESP 07/51016-3