O Bionator é um aparelho ortopédico funcional idealizado por Balters em 1952. Este aparelho é composto por corpo de acrílico, arco vestibular e arco palatino. O corpo é produzido em articulador orientado por uma mordida construtiva, determinando a relação sagital e vertical dos modelos. A região do aparelho que toca o palato é livre para contato proprioceptivo da língua e a barra palatina, tipo mola de Coffin, auxiliando na correção do posicionamento da língua no sentido ântero-posterior. Existem variações deste aparelho, considerando como bionator base o utilizado no tratamento da má-oclusão Classe II, divisão1, com retrognatismo mandibular. O bionator fechado é usado para correção das mordidas abertas com ou sem alterações esqueléticas. E o bionator invertido é indicado na má-oclusão Classe III. Neste trabalho será demonstrada e descrita a confecção do Bionator para Classe II. O corpo de acrílico encaminhará a mandíbula anteriormente com um avanço máximo de 5 mm, determinada pela tomada da mordida construtiva. O desgaste do acrílico interoclusal guia a erupção oblíqua dos dentes póstero-inferiores. O arco vestibular orienta o selamento labial, podendo ser ativado para verticalizar os incisivos superiores. As extensões posteriores do arco vetibular promovem o afastamento do músculo bucinador, permitindo alterações na forma do arco dentário. A mola de Coffin é voltada para posterior dirigindo a língua mais para anterior e próxima do palato. Para se ter efetividade do Bionator é necessário que as estruturas sejam construídas respeitando os princípios supracitados.