Revista de Odontologia da UNESP
https://revodontolunesp.com.br/article/588018697f8c9d0a098b4c0e
Revista de Odontologia da UNESP
Congress Abstract

44-SPPG - Mordida aberta anterior: prognóstico de tratamento

Ayub, P.V.; Yatabe, M.S.; Silva Filho, O.G.; Lara, T.S.; Bertoz, F.A.

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Resumo

A mordida aberta anterior representa uma das más oclusões mais comuns em pacientes na dentadura decídua, alcançando cerca de 35% das crianças nesse estágio. Em crianças com hábitos de sucção, 50%, conferindo o seu caráter dento-alveolar. Os hábitos de sucção fazem parte do universo infantil, aceitando que o ser humano é um mamífero e apresenta esta necessidade inata. Por este motivo, não devem ser motivo de preocupação para o ortodontista até os 5 anos de idade, uma vez que a má oclusão provocada por hábitos é facilmente corrigida nesta fase do desenvolvimento. A tendência é a de que os hábitos de sucção sejam abandonados à medida que a criança vai desenvolvendo outras habilidades e caso isto ocorra ainda na dentadura decídua, é possível a auto-correção da má oclusão. Caso o hábito persista, o tratamento ortodôntico deve ser instituído. O prognóstico de tratamento está relacionado com a etiologia estrutural da mordida aberta anterior, quando dento-alveolar tem prognóstico favorável de tratamento. Esta má oclusão também pode ser encontrada na dentadura permanente, mesmo se já tiver sido tratada precocemente, associada à interposição lingual ou a hábitos de sucção persistente. Na dentadura permanente, a correção da mordida aberta torna-se mais difícil e uma abordagem multidisciplinar envolvendo a ortodontia, fonoaudiologia e até mesmo a psicologia, se necessária. Por meio da descrição de casos clínicos, ilustra-se o caráter multifatorial da mordida aberta anterior e dos hábitos bucais deletérios, considerando que o prognóstico e o tratamento estão vinculados à sua etiologia.
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